A viabilização financeira da reciclagem de eletroeletrônicos e a sedimentação do conceito de “Capitalismo Consciente” (um dos temas do 2ª webinar REE insights BrasilReverso, em outubro), são os principais desafios no Brasil para que a economia circular ganhe força e a necessária escala.
Na esfera pública, após a assinatura do Acordo Setorial (2019) para Logística Reversa de resíduos eletroeletrônicos, a busca é pela implementação efetiva do papel fiscalizador e educador do estado, em todos os seus níveis, para fazer acontecer o que, especificamente pelas empresas do comércio e da indústria de eletroeletrônicos, foi definido como metas e compromissos de logística reversa. Conforme previsto no Acordo, em cinco anos o sistema de LR deverá recolher e destinar de forma ambientalmente adequada até 17% do volume de produtos fabricados e colocados no mercado. A cobertura geográfica deverá abranger os 400 maiores municípios brasileiros com essa demanda, disponibilizando PEVs (pontos de entrega voluntária).
Além disso, outros dois aspectos precisam ser equacionados para não prejudicar a eficiência do sistema. Primeiro: é necessário aumentar a capacidade de reciclagem dos resíduos (processo de manufatura reversa dos REE), pois, apesar de existirem várias iniciativas de empresas públicas e privadas na reciclagem de eletrônicos no país, boa parte ainda carece de padrões de qualidade necessários, recomendados pela norma ABNT NBR 16156 para as recicladoras e sua prestação de serviço.
O segundo desafio – e talvez o mais crítico – é “fechar a conta” do processo da destinação e reciclagem, pois não basta apenas arrecadar. Um dos gargalos, por exemplo, está no custo do transporte para levar os resíduos eletroeletrônicos dos pontos de coleta até as recicladoras para poderem ser reaproveitados em um novo ciclo produtivo de vida das matérias-primas.
Considerando as malhas de logística do país, o sistema deverá buscar soluções para que esse custo não inviabilize economicamente a logística reversa do lixo eletrônico, hoje é o maior desafio dentro desse tema.
Apesar destas barreiras e a ausência de incentivos mais claros para o setor da reciclagem no país, a BrasilReverso está alinhada às principais partes interessadas do Acordo Setorial. Investimentos e planejamento para alcançarmos o padrão operacional que atende as novas normas, com todas as certificações necessárias e prestando serviços completos que garantem os padrões de ESG que os clientes buscam. Temos como Visão Institucional sermos referência nacional na reciclagem e economia circular de eletroeletrônicos e essa jornada já é realidade.
Do lado do consumidor final, ainda sem saber como lidar com a responsabilidade ambiental que lhe cabe, continua com seus eletroeletrônicos obsoletos e sem uso ou guardados em casa ou perigosamente jogado no lixo comum.
Vamos falar muito mais sobre os caminhos para você – consumidor ou empresário – vencer esses desafios e participar efetivamente da cadeia da logística reversa dos eletroeletrônicos no 2º Webinar REE Insights BrasilReverso. Clique na imagem para confirir os palestrantes e fazer sua inscrição.